Pesquisas científicas já mostraram que o uso da maconha pode ser eficaz para diferentes tratamentos de saúde, principalmente em patologias que envolvem o sistema nervoso ou dores. No entanto, o preconceito e a guerra às drogas são pontos que podem dificultar o avanço das pesquisas científicas e até mesmo o tratamento de pacientes com doenças como epilepsia.
No meio desse cenário, associações canábicas surgem como facilitadoras do acesso a este tipo de tratamento. Esse foi o tema discutido em episódio do podcast “Na Íntegra”, do Campo Grande News.
A diretora da Associação Sul-Mato-Grossense de Pesquisa e Apoio à Cannabis Medicinal, Divina Flor, Fátima Carvalho, e o médico prescritor da associação, Dr. Matheus Jafar, explicaram como essas entidades estão ajudando a expandir o acesso ao tratamento com cannabis. Atualmente, eles atendem 1.742 pacientes em todo o Estado.
Pesquisas rigorosas e algumas revisões sistemáticas indicam que esses compostos têm ação contra alguns tipos de epilepsia mais grave, espasticidade da esclerose múltipla, dores crônicas e contra vômitos e náuseas causados pela quimioterapia. Também foram observadas melhorias em casos de distúrbios de ansiedade, insônia e TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Dr. Matheus esclareceu que o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol) são os principais componentes da cannabis utilizados na produção de medicamentos. Ele explica que o óleo é a versão mais comum de consumo, mas que também existem outros métodos.
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